Cuba

Una identità in movimento


Seminario sobre a "Rota do escravo" em Malabo. Simao Souindoula na ilha de Bioko

Johnny Kapela


Aquele historiador angolano, Vice-Presidente do Comité Cientifico Internacional deste Projecto da UNESCO, deixara Luanda, na segunda-feira, dia 7 de Setembro, em direcção a capital da Guine Equatorial, onde participara no Segundo Seminário-Ateliê sobre as Rotas e os Itinerários Ibero-americanos, encontro que será subordinado ao tema "A Rota do Escravo no espaço ibero-americano e ibero-americano. A gestão do Património Cultural e o Desenvolvimento Sustentável".

Tomarão, igualmente, parte nesta reunião, uma vintena de especialistas vindos de Cabo-Verde, de Espanha, do Gabão, de São Tome e Príncipe e do pais hospede.

Organizado pela Universidade de Barcelona, a Rede espanhola de Património, Turismo e Desenvolvimento Sustentável (Ibertur) e a Organização dos Estados Ibero-americanos com o apoio dos Governos espanhol e equato-guineano e da UNESCO, o referido encontro será a ocasião de examinar varias questões relacionadas a gestão, preservação e promoção dos vestígios materiais e intangíveis ligados com a historia do trafico negreiro na África, nas Américas e Caraíbas de expressão ibérica.

Assim, examinar-se-á, entre outros aspectos renovadores, as vias de potenciar o turismo de memória nessas regiões; o desenvolvimento das alianças estratégicas entre os sectores públicos e privados com a criação de novos serviços turísticos; o reforço do papel das indústrias culturais e criativas e das novas tecnologias de informação e de comunicação com a montagem de exposições electrónicas; a construção de um portal, em espanhol e português, sobre a temática do Seminário.

Notar-se-a que o conjunto das recomendações que será feito, integrara um plano de trabalho para o biénio 2010-2011.

Essas orientações sairão de comunicações que serão feitas durante os trabalhos do Ateliê, dentre dos quais, pode-se apontar as de Jordi Tresseras, da Universidade de Barcelona, sobre a necessidade de expandir as excursões ligadas ao "Captive Passage", de Nicolas Ngou Mve, Director do Centro de Estudos e Investigação Afro-Ibero-Americanos da Universidade Omar Bongo de Libreville sobre as perspectivas políticas da "Africania" e de Carlos Carvalho, Director do Instituto do Património Cultural de Cabo Verde, que tirara as lições da recente, e exemplar, classificação na Lista Mundial do Património Cultural, da Cidade Velha da metrópole da ilha de Santiago.

As mesmas resultarão, igualmente, das alocuções e comunicações de Simão Souindoula, que abordara o estado da implementação e as perspectivas de desenvolvimento do Projecto da "Rota" nos países africanos e americanos de língua portuguesa...

O historiador insistira, numa das suas comunicações sobre o negócio de escravos no actual território angolano, no intenso e longo tráfico de escravos para o Golfe de Guine, sobretudo para as ilhas de São Tome, Príncipe e Annobon, descobertas, em 1471, inabitadas, conjunto ilhéu, primeira colónia na região, que engolira, do fim do século XV ate pleno meio do século XX, centenas de milhares cabindas, congos, ngolas, mundongos, matambas imbangalas, cassanjes e benguelas.

O especialista angolano defendera, nesta ocasião, a indispensabilidade de salvar, na vertente do património intangível, o crioulo de Annobon, hoje em via de extinção, cuja base lexical e constituída do português e do bloco de algumas línguas bantu ocidentais, o kikongo, o kimbundu e o umbundu.

Antigo território sob dominação colonial portuguesa, Annobon faz hoje da Republica do Guine Equatorial, estado, ao mesmo tempo, insular e continental.


    Johnny Kapela
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Par Simao Souindoula
(1 de setembro de 2009)


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